O compromisso que permite a excelência

É sabido que vivemos numa esfera social onde a comunicação se dilui cada vez mais, quer no domínio público como no âmbito de algo mais refinado. 

No entanto é possível verificar a extinção de identidade/ essência - com isto dizer que existe demasiada apropriação, quase como uma overdose de símbolos visuais repetidos até à exaustão - poucas são as identidades que pronunciam reflexão e tempo, investido nas mesmas.

 

A cuidado de uma opinião exterior, que nesta ótica acenta nas mesmas diretrizes praticadas deste lado, António Modesto, designer e docente na FBAUP partilha um pensamento debruçado no design contemporâneo praticado, dizendo o seguinte: “… ultimamente não gosto muito do design atual, tão asséptico, tratam do texto como se fossem oregãos nas pizas, dividem o texto sem uma preocupação focada no leitor… acho que está um reflexo de crise, aparentemente associa-se muito à arte contemporânea cada vez mais desumanizada… preferia os punks, um design mais agressivo do que este que não é carne nem é peixe, nem é ciência, nem é arte, nem é lírico, é…”


É falta de toque humano, e isto é a defesa primordial onde reside metodologia, pensamento e trabalho aplicado especificamente a cada necessidade. É a ação de debruçar sob o projeto (seja que domínio for) assumindo uma postura de compromisso, saber detetar as fragilidades, sendo só possível e necessário, entender que o público final é humano e por ser-mos movidos de emoção e experiência, ser crucial o toque não só de profissionais (racional), como de humanos (emocional). Enquanto o público final for uma figura conformada no que o vizinho do lado tem, o papel do designer tende a perder engrenagens e o motor abranda… contudo há quem invista em cada arranque e é notório a confiança depositada no nosso trabalho de resposta. 

Face às diversas necessidades, o resultado é sempre Majikall.

Cláudio Nunes

 

 

#branding #designgrafico #humanização #comunicação

« Voltar